Trabalhei muito tempo numa editora. Tempos bons aqueles. Certo dia, apareceu por lá um famoso escritor potiguar para publicar um livro. Solicitou revisão, mas que não fosse tirada ou colocada uma vírgula do seu texto. Assim procedemos. Depois de pronto, o livro foi impresso e entregue a ele. Passaram-se 378 dias e ele nos ligou dizendo “olhem só! A revisora tirou uma vírgula e a pessoa não consegue parar pra respirar na leitura. Só agora vi isso e desde ontem que coloco a virgula com a caneta preta nos 1.500 exemplares.” A preocupação do escritor era com a respiração do leitor.