Certo dia, quando trabalhava na antiga TELERN no setor de telefonia pública recebi uma carta pedindo para retirar o orelhão do endereço, pois as ligações estavam incomodando algumas pessoas da rua. O técnico chegando no local para fazer a retirada deu de cara com um cachorro vira-lata amarrado no poste do orelhão. Ele latia bravamente. Alguém da rua que não queria a retirada do orelhão amarrou de propósito o cachorro no poste. O técnico bem que tentou chegar perto do aparelho, mas o cachorro não deixou. Quando o técnico se movimentava o cachorro latia bravo. Numa tentativa frustrada o técnico aproximou-se do cachorro que rasgou um pedaço da sua calça. Era bravo o vira-lata. Assim, ele me ligou contando da impossibilidade da execução do serviço. Eu disse pelo telefone “simbora, homi de Deus. Deixe o orelhão no canto que está.” Observação escrita no pedido de retirada: foram encontradas dificuldades de ordem técnica para a realização do serviço.