o mar negro desaguou dentro de mim trouxe peixinhos resistência e amor viveu a opressão o calaram na terceira margem sofreu racismo de seus afluentes águas quentes gritaram mar negro solitário guardei seu pranto no lencinho triste é não receber carinho não ser tratado por igual o preconceito é anormal da civilização um grande mal...
Categoria: Poemas para crianças negritudes
venho chegando devagar
venho chegando devagar trago no peito amor sou a noite sonhadora feita de açúcar e amoras estive em desertos quando me oprimiram sofri racismo quiseram embranquecer meus pensamentos não permiti, não permiti sou noite valente amiga de Cinderela a dor eu resisto a discriminação eu adormeço planto jacarés nos pés na espera de nascerem pardais...
guarda-chuva abre e fecha
guarda-chuva abre e fecha lá vem a chuvinha corre, menininha, corre pegue o guarda-chuva que lágrimas são essas do céu foi preconceito sofrido racismo doído só porque meu céu é pretinho está chovendo lágrimas pretinhas são do céu da menininha talvez quem a magoou se molhe todinho para sentir a sua dor pegue o guarda-chuva,...
gotículas minhas
gotículas minhas menina noitinha reflexiva olhando para o nada tomaram a sua boneca pergunta o curioso sofri racismo e opressão num lugar de alegria foi no circo quando sorria noitinhas sorridentes estranhas ao público palhacinho me acalentou o mágico me abraçou bailarina disse não nunca mais a discriminem ela é bonita e amável vocês são...
começou a chover
começou a chover não posso me molhar abri meu guarda-chuva pretinho me encolhi dentro dele abracei os livros e a vida deixei a chuva levar o racismo sofrido pouco antes cai chuvinha, cai enxuga este coração tristonho sou menino medonho porém não quero mais opressão para mim o maior sonho é ver a liberdade pular...
todo dia eu penso nele
todo dia eu penso nele imagino o seu sorriso e o contentamento do meu bem-viver ah, aquele solzinho negro se soubesse da saudade que me invade o coração voltaria das suas férias no meu dia de plantão onde salvo menininhos oprimidos e discriminados tanto quanto feridos se eu pudesse dizer para o solzinho negro e...
de repente, alguém
de repente, alguém vai dizer à bela noitinha que na roda da vida o mundo caminha quem hoje machuca oprime e discrimina não sabe das voltas que a vida leva noitinha maravilhosa e terna deixarei minha janelinha aberta pode entrar, pode entrar eu serei a sua amiguinha vamos brincar de bonequinha Rosângela Trajano
aquela flor pretinha
aquela flor pretinha caminha não sei para onde foge do preconceito foge do racismo está perturbada e doída caminha à toa, à toa o porco espinho a encontrou estava de boa, de boa deu para ela um sorriso para quem nunca recebeu nada a flor se encantou sentou-se no chão com ele conversou a dor...
no céu tem pontinhos
no céu tem pontinhos a noitinha está com sarampo precisa ficar deitada está machucada tristonha e abusada sofreu opressão preconceito discriminação tudo isso virou pontinhos mas com o beijo da menina a noitinha logo se curou a porta da casa abriu lua dançarina recebeu seus pontinhos sumiram o amor venceu, venceu Rosângela Trajano
ganhei um presente
ganhei um presente nasci noite bonita assim tão contente com sorriso gigante noite que se aninha na certeza do acalanto na hora da menininha fazer a sua oração ganhei um belo manto do infinito céu com minha doce vozinha acabarei com a opressão e também com o racismo em sendo noite fortaleza erguerei pontes para...