nesta saudade que me invade
do papai e da mamãe
nunca conhecidos no acalanto
eu visto a natureza e canto
a árvore que me adota
não quer saber quem sou
a menina do laço na cabeça
ou a menina sapeca do pirulito
desde a assembleia dos patos
sou guardiã das florestas
terra, chão, ervas, mato
quero ser feiticeirinha
das folhinhas secas ao vento
eu sou o verde espírito da natureza
abraçada à árvore-mamãe
de mim o quase cem por cento
deste amor de criança descuidada
que não sabe quase nada
fala de amor como quem é sábia
amor? o que será? eu que nada sei
foi o porco-espinho que já amei
será amor o que lhe dei?
tontinha… tontinha, estou e seguirei
há vida além da melancolia
diz a raiz da árvore com alegria
o que guardo é frágil e terno
neste ofício eu nunca durmo
guardiãs estão sempre alertas
corro ideias para brincar com os patos
neste mundo está tudo muito chato
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Ilustração da autora
EXERCÍCIOS PARA O BOM PENSAR.
1 – Ser um guardião exige quais responsabilidades?
2 – Como a saudade nos invade o corpo e a alma? De que você tem mais saudades?
3 – Como é correr ideias?
4 – Por que o mundo está chato?
5 – O que chamou a sua atenção da menina do poema? Comente.
6 – Quem deve proteger as florestas?
7 – O que as árvores representam para você?
8 – Como a menina do poema se apresenta nos seus sentimentos?
Desenhe você sendo um guardião.