Tag: poesias para crianças

Rosângela Trajano De ladinho De ladinho olho para você Procuro encontrar o céu Nos seus cabelos molhados Embaixo do chapéu. De ladinho eu sorrio Quero mais é viver Ser feliz com você Nunca mais morrer. De ladinho danço Milho querendo ser Ou sabão em pedra A lavar o amanhecer.

Rosângela Trajano O menino e a florzinha O menino viu a florzinha Toda tristonha, coitada Quis arrancá-la do chão Onde ela foi plantada. O menino e a florzinha Num mundo sofrido Não sabiam dormir Com o coração partido. O menino deu na florzinha Um beijo apressado Cheio de riso e meninice Meio solto e desajeitado.

Rosângela Trajano Casinha A casinha pequenina Vai ser minha morada Nela vou colocar Meu gato e uma cocada. Na casinha pequenina Muita gente vai morar Eu e a criançada Num belo poetizar. A casinha pequenina Vai ao mundo levar Circos com palhaços Para todos alegrar.

Rosângela Trajano Renovação do batismo A renovação do batismo Da criançada da rua Foi muito bonita Diante do céu e da lua. Na renovação do batismo Não odiar nem mentir As crianças prometem Para sempre sorrir. A renovação do batismo Nos ensina a lição De que na vida É preciso ter união.

Rosângela Trajano Verde bolinha A verde bolinha Quando acesa Me deixa feliz Subo na mesa. A verde bolinha Faz cocegazinha No meu coração E na cabecinha. A verde bolinha Me diz que você Está online E que vai me ver.

Rosângela Trajano Menina cansada A menina cansada Só queria dormir Ficar quieta Nem de casa sair. A menina cansada Não queria mais nada Além de ouvir Muito obrigada. A menina cansada De tanto falar Pedir e escutar Explodiu no ar.

Rosângela Trajano A menina e a escada A menina na escada Uma lâmpada a trocar Com medo subiu Para choque não levar. A menina na escada Ainda aborrecida Pela perda de tempo Tinha vida corrida. A menina na escada No meio do lar Bem no corredor Ninguém podia passar.

Rosângela Trajano Lâmpada queimada A lâmpada queimada No quarto escuro Fez a menina Pisar no chão duro. A lâmpada queimada Também no banheiro Fez a menina Subir no coqueiro. A lâmpada queimada Assim de repente Fez a menina Quebrar o pente.

Rosângela Trajano A menina da alergia A menina da alergia O nariz coçava Passava as mãos Espirro dava. A menina da alergia Em casa botava O tapete para fora Poeira irritava. A menina da alergia Só não adoecia Quando ficava Fazendo poesia.

Rosângela Trajano Cabeça inclinada A menina colocou A cabeça inclinada Para ver a verdade No ser da madrugada. De cabeça inclinada Num mundo de pé A menina a saber Como tomar café. E foi atrás de sentir Das pedras retirar A cabeça inclinada O que é o amar.