15 ago201615 de agosto de 2016
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Nome lindo

Rosângela Trajano Nome lindo Murmuraste o nome Que trouxeste no brincar Como um vitral No sol a sonhar. Nome lindo o teu Escrevi na areia Em pincel de neve Que se clareia. Chamaste o nome Lindo que é só teu No ventre pequenino Menino feito eu.

15 ago201615 de agosto de 2016
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Pétalas

Rosângela Trajano Pétalas Se há pétalas Em meu jardim Eu não sei Nada de mim. Se há pétalas Em flores sem fim A última palavra Dorme enfim. Se há pétalas No trem que afaga A dor aguda Na alma amarga.

15 ago201615 de agosto de 2016
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Eu sou o menino

Rosângela Trajano Eu sou o menino Eu sou o menino Que na vida Anda perdido A reta esquecida. Eu sou o menino Que na vida Anda magoado A substância líquida. Eu sou o menino Que na vida Anda enganado A saudade adormecida.

14 ago201614 de agosto de 2016
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Eu tenho um papai

Rosângela Trajano Eu tenho um papai Eu tenho um papai Que gosta de brincar De ser rei ou soldado Verdade mais amar. Eu tenho um papai Que de casa sai Para trabalhar Pelo mundo vai. Eu tenho um papai Cheio de atribuições Que gosta de skate E tem dois corações.

14 ago201614 de agosto de 2016
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Desenho no varal

Rosângela Trajano Desenho no varal Desenhei um leão O professor querido Perguntou pela juba Que eu tinha esquecido. Na sala de aula No varal pendurado Meu belo desenho Meio amassado. Desenho no varal Leão de preto pintado Solto na floresta Jamais enjaulado.

14 ago201614 de agosto de 2016
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Mar aberto

Rosângela Trajano Mar aberto O menino navegou Em mar aberto No seu barquinho Bem esperto. Em mar aberto O menino encontrou Lendas perdidas Na memória guardou. O menino precisou De doze sentinelas Em mar aberto Abandonou as chinelas.

14 ago201614 de agosto de 2016
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Um pedaço

Rosângela Trajano Um pedaço Era apenas um pedaço De menino desenhado Faltavam os pés Corpo rabiscado. Era apenas um pedaço De menino cismado Faltava a coragem Parecia equivocado. Era apenas um pedaço De menino estrangeiro Morava no tempo Juntava dinheiro.

14 ago201628 de junho de 2017
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Carta 2

Natal, 23 de outubro de 1993. Carta à menininha do vestido vermelho. Querida menininha, Como tem passado? Sinto-me melhor nestes últimos dias. Há um mês você veio me ver, mas parece que faz anos, pois hoje a saudade sua me bateu fortemente. Gosto de conversar com você e do seu olhar de borboleta quando me...

11 ago201628 de junho de 2017
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Carta 1

Natal, 18 de junho de 1993. Carta à menininha do vestido vermelho. Querida menininha, Como está você? Sinto saudades. A minha vida não tem sido nada fácil nos últimos dois meses. Estive doente. Sinto-me doente de um não querer outro dia em mim. Como era bom quando você vinha me ver nas manhãs de outono....

11 ago201611 de agosto de 2016
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Coração machucado

Rosângela Trajano Coração machucado Meu coraçãozinho De menino tonto Está machucado Para você eu conto. Pisaram nele Disseram ser feio Um coração Que chora o alheio. Sozinho e machucado Este meu coração Anda magoado Sem querer ter lição.