18 ago201618 de agosto de 2016
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Sob um sol nítido

Rosângela Trajano Sob um sol nítido Sob um sol nítido Vi o menino andar Atrás do porquinho No muito falar. Sob um sol nítido O menino suado Atrás do porquinho Que tinha engordado. Sob um sol nítido Lá se ia o menino No seu passinho De um céu matutino.

18 ago201618 de agosto de 2016
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De muitas maneiras

Rosângela Trajano De muitas maneiras De muitas maneiras A gente procura O sapato esquecido Na varredura. De muitas maneiras O sapato esquecido Largado ao léu Parece protegido. De muitas maneiras Na palma da mão O sapato esquecido Dentro do caminhão.

18 ago201618 de agosto de 2016
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Mudança das estações

Rosângela Trajano Mudança das estações No outono plantarei Casas do amanhecer Cheias de brinquedos Para um mais querer. No inverno sairei À procura do mar No telhado da casa Dentro do meu olhar. Na primavera colherei Flores desenhadas Em papel amarelado Todas enamoradas. No verão brincarei De ser menino sol Pegar peixinhos Com meu anzol.

18 ago201618 de agosto de 2016
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Desencanto

Rosângela Trajano Desencanto Contaram ao menino Que a chuva não cai do céu Como ele bem sonhou Nem a vovó costurou o véu. Foi um desencanto saber Que o trigo não é da cor Da meia escondida no pé Que se dizia mais amor. Contaram ao menino Que só chora o bobão Desencanto feito idade...

18 ago201618 de agosto de 2016
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Livro misterioso

Rosângela Trajano Livro misterioso Livro misterioso Guarda dragões Em suas páginas Há emoções. Livro misterioso Belas feiticeiras Histórias legais De várias maneiras. Livro misterioso À mão costurado Bem encadernado Papel amarelado.

18 ago201618 de agosto de 2016
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Andar mundos

Rosângela Trajano Andar mundos Andar mundos à procurar Bandeira de desejo Cantigas de cirandas Cercanias de varejo. Andar mundos à viver Sextilhas de algodão Corridas de pássaros Avesso coração. Andar mundos e ser Menino de outrora Que sem demora Sorrindo vai embora.

15 ago201615 de agosto de 2016
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Quanta gente doce

Rosângela Trajano Quanta gente doce Quanta gente doce Habita em mim Nessa casinha Ainda sem fim. Quanta gente doce Vem aqui descansar Esquecer a amargura Tomar um bom ar. Quanta gente doce Me conta segredos Versos a sós Noites de medos.

15 ago201615 de agosto de 2016
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Céu de casas

Rosângela Trajano Céu de casas Céu de casas Espelho fugaz Menino atrás Telhado audaz. Céu de casas Três lugares Rios envolto Seguem mares. Céu de casas Oficinas diárias Trenzinho azul Cercas viárias.

15 ago201615 de agosto de 2016
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Banho de lua

Rosângela Trajano Banho de lua Banho de lua E o menino A olhar curioso Véu pequenino. Banho de lua Atrás do vento Em brinquedo Que invento. Banho de lua Diz o que é ser O doce triste Amanhecer.

15 ago201615 de agosto de 2016
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Nome lindo

Rosângela Trajano Nome lindo Murmuraste o nome Que trouxeste no brincar Como um vitral No sol a sonhar. Nome lindo o teu Escrevi na areia Em pincel de neve Que se clareia. Chamaste o nome Lindo que é só teu No ventre pequenino Menino feito eu.