20 ago201420 de agosto de 2014
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Ouvir seu coração

Rosângela Trajano Ouvir seu coração Às vezes é preciso Parar um minuto Desligar-se do mundo Ser alegria por dentro. Para ouvir seu coração Sem medo de sofrer Com coragem de viver Receber da vida o não. Pôr a mão no coração Senti-lo bater em calmaria Ou talvez rapidamente A melodia da sua canção.

20 ago201420 de agosto de 2014
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Erros

Rosângela Trajano Erros Se eu pudesse O tempo voltar Apagar os erros E tudo recomeçar. . Os erros da escola São os mais fáceis É só riscar tudo Com a cor do lápis. Fiz tudo errado Menti para você Quis ser esperto Estou acanhado.

20 ago201420 de agosto de 2014
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Um presente

Rosângela Trajano Um presente Era um presente Bem embalado Muito bonito Todo enlaçado! Que presente Mais estranho Não tinha nada Só tamanho! Um presente Esquisito Na caixa O infinito!

20 ago201420 de agosto de 2014
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Olhar da vida

Rosângela Trajano Olhar da vida No olhar da vida A gente nunca vê A ladeira subida Plantinha crescer. No olhar da vida Olho pra mim E um sofrer Lembra seu fim. No olhar da vida De olhos fechados Penso em Deus E nos desenganados.

20 ago201420 de agosto de 2014
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Dicionário

Rosângela Trajano Dicionário Alguém veio me avisar Como um verbete Novo ou esquisito No dicionário pesquisar. Na linguagem oral Ou escrita também Há verbetes diversos Significados contêm. Em ordem alfabética Pesquiso os verbetes Encontrei ética E depois poética.

20 ago201420 de agosto de 2014
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Castelo

Rosângela Trajano Castelo Construí um castelo Pus nele escadas Cavalos e janelas E duas sentinelas. No meu castelo Guardei tesouro Coloquei no porão Um lindo besouro. Um grande castelo No pano bordado Com agulha de tricô Em fio amarelo.

20 ago201420 de agosto de 2014
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A natureza da minha infância

Rosângela Trajano A natureza da minha infância O meu cajueiro o cupim derrubou Não tenho mais cajueiro O meu mangue o homem aterrou Não tenho mais mangue A minha cacimbinha desapareceu Não tenho mais cacimbinha Perto de mim tem um viaduto Perto de mim tem uma ponte Perto de mim tem muito concreto E eu...

20 ago201420 de agosto de 2014
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A natureza é bela

Rosângela Trajano A natureza é bela Eu nunca olhei à natureza Que adiantaria tê-la olhado Ela nunca muda, nunca muda É sempre verde, é sempre verde E se alguns bichos gritam É porque têm de gritar Se os oceanos enchem e secam Tudo me parece normal Isso não é nada diferente para mim A diferença...

20 ago201420 de agosto de 2014
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Não há que se querer

Rosângela Trajano Não há que se querer Não há que se querer Ser menino bonito ou feio Menino tem que ser feliz Nem metade nem meio. Não há que se querer Ser branco ou preto Menino não tem cor É sorriso perfeito. Não há que se querer Dizer-se pobre ou rico Menino tem bola E...

20 ago201420 de agosto de 2014
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Madeiras solidão

Rosângela Trajano Madeiras solidão Madeiras cortadas Sem copas de árvores Na mata lá dentro Toras deixadas. Madeiras solidão Sem frutos azuis Na mata esquecidas Troncos sem luz. Madeiras serradas Cheiram molhadas O pranto da chuva Árvores derrubadas.